Neste vídeo, conheça a obra "Vestido Siamês", da artista visual Panmela Castro. Esta obra participativa une duas pessoas em um único traje de filó rosa, convidando-as a refletir sobre cooperação, conexão e o desafio de sincronizar movimentos em um espaço compartilhado. A peça é uma metáfora das dinâmicas das relações humanas, explorando a interdependência e a autonomia entre os participantes. Panmela, reconhecida por seu trabalho que questiona normas sociais e promove diálogos sobre igualdade, provoca o público a repensar como se conectam e ajustam ao ritmo do outro através da arte.
Criada em 2017, a obra foi parte da exposição "Ideias Radicais Sobre o Amor", realizada no Museu de Arte do Rio (MAR) entre agosto e novembro de 2024, com curadoria de Daniela Labra, assistência curatorial de Maybel Sulamita e expografia do Estúdio Sauá. A exposição foi criada a partir do artigo científico de psicologia "Need to Belong" ("A Necessidade de Pertencimento"), dos psicólogos sociais Roy Baumeister e Mark Leary, que aborda o pertencimento como um impulso humano fundamental. A partir desse conceito, Panmela apresenta uma série de obras que envolvem a participação do público, criando um espaço voltado à construção de relações interpessoais e à satisfação desse impulso essencial.
"Vestido Siamês" se conecta diretamente com a ideia de pertencimento da exposição “Ideias Radicais Sobre o Amor”, ao explorar a cooperação e a construção de vínculos entre as pessoas. Ao unir dois indivíduos em um único vestido, a obra provoca uma negociação constante de movimentos e vontades, reforçando a necessidade de respeito mútuo e adaptação aos ritmos do outro — elementos cruciais para criar um ambiente onde todos se sintam parte de algo maior.
Assim como a exposição, que promove um espaço de troca e afeto, "Vestido Siamês" questiona como as pessoas podem habitar um espaço coletivo de forma harmoniosa, sem perder suas individualidades. A peça se torna um símbolo do esforço colaborativo, revelando que o pertencimento não é apenas ocupar um espaço, mas construir esse espaço em relação com o outro.
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In this video, discover the work "Siamese Dress" by visual artist Panmela Castro. This participatory piece brings together two people in a single pink tulle garment, inviting them to reflect on cooperation, connection, and the challenge of synchronizing movements in a shared space. The piece serves as a metaphor for the dynamics of human relationships, exploring interdependence and autonomy between participants. Panmela, known for her work that challenges social norms and promotes dialogues on equality, provokes the audience to rethink how they connect and adjust to the rhythm of others through art.
Created in 2017, the piece was part of the exhibition "Radical Ideas About Love," held at the Museum of Art of Rio (MAR) from August to November 2024, curated by Daniela Labra, with curatorial assistance from Maybel Sulamita, and exhibition design by Estúdio Sauá. The exhibition was inspired by the psychology research article "Need to Belong" by social psychologists Roy Baumeister and Mark Leary, which discusses belonging as a fundamental human drive. Drawing from this concept, Panmela presents a series of works that engage audience participation, creating an artistic space focused on building interpersonal connections and satisfying this essential drive.
"Siamese Dress" directly connects to the exhibition's concept of belonging, by exploring the notion of cooperation and the construction of bonds between people. By physically uniting two individuals in a single dress, the work prompts a constant negotiation of movements and wills, highlighting the need for mutual respect and adaptation to the other's pace — crucial elements for creating a space where everyone can feel they belong.
Like the exhibition itself, which promotes an environment of exchange and affection, "Siamese Dress" questions how individuals can inhabit a shared space harmoniously without losing their individuality. The piece becomes a symbol of collective effort, revealing that belonging is not just about occupying space, but about co-creating it in relation to others.