O afeto não é privilégio, mas um direito fundamental. Seu exercício rompe com a lógica que insiste em negar cuidado e reconhecimento a quem é visto como “fora” dos padrões de poder. Cada flor recebida não representa um favor, mas a reparação de uma ausência histórica.
Reivindicamos o afeto como ato político: não se trata de um ornamento poético ou de um gesto pessoal, mas de um posicionamento que afirma a humanidade de cada corpo. Quando oferecemos flores, ampliamos o espaço de quem foi silenciado, desfazendo, uma a uma, as camadas de invisibilidade que pesam sobre existências marginalizadas.
Este manifesto é um chamado à responsabilidade coletiva. Negar afeto é privar alguém de pertencimento. Ao inaugurar um ciclo em que cada flor é símbolo de presença e possibilidade, declaramos que o cuidado é parte inegociável de toda sociedade que se pretende justa. Que as flores sejam um lembrete permanente: todo corpo merece ser celebrado.
Affection is not a privilege, but a fundamental right. Its practice breaks with the logic that insists on denying care and recognition to those seen as “outside” the dominant power structures. Each flower received is not a favor, but a gesture of reparation for a historical absence.
We claim affection as a political act: it is not a poetic ornament or a personal gesture, but a stance that affirms the humanity of every body. When we offer flowers, we expand the space of those who have been silenced, undoing — one by one — the layers of invisibility that weigh upon marginalized lives.
This manifesto is a call for collective responsibility.
To deny affection is to deny belonging. By initiating a cycle in which each flower becomes a symbol of presence and possibility, we declare that care is non-negotiable in any society that seeks to be just. Let the flowers be a lasting reminder: every body deserves to be celebrated.
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