Consagrada [Consecrated]

August 24, 2024
Consagrada [Consecrated]

In the photoperformance "Consecrated", I present myself with my chest torn open by scarification, symbolizing the painful path to acceptance in the art market. This work marked my debut at the Luisa Strina gallery and critically explores the way the market chooses its characters and the difficult paths that often need to be taken to achieve legitimacy.

 

The practice of scarification, which I began to explore after a visit to the Solomon R. Guggenheim Museum in New York in 2016, has become an important tool in my artistic research. At that time, contact with the work of Catherine Opie, one of my main references, was the trigger for using this ancient body modification technique to think about new forms of transgression and resistance.

 

Scarification, historically linked to rituals of belonging and identity, is recontextualized in “Consagrada” as a fierce critique of the process of validation in the art system. In a field where approval can become a painful rite, the act of tearing one’s skin becomes a physical metaphor for what it means to be shaped by external expectations and standards. In this way, the work moves between the new and the ancient, questioning the boundaries between tradition and contemporaneity, and the cost of “establishment” in the art world.

 

"Consagrada" na exposição "Ideias Radicais Sobre O Amor" no Museu de Arte do Rio. 


 

Na fotoperformance "Consagrada", apresento-me com o peito rasgado por uma escarificação, simbolizando o doloroso caminho até a aceitação no mercado de arte brasileiro. Esse trabalho marcou meu debute na galeria Luisa Strina e explora, de maneira crítica, a forma como o mercado elege seus personagens e as difíceis trajetórias que muitas vezes precisam ser percorridas para alcançar legitimidade.


A prática da escarificação, que comecei a explorar após uma visita ao Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova York, em 2016, se tornou uma ferramenta importante em minha investigação artística. Naquela ocasião, o contato com o trabalho de Catherine Opie, uma das minhas principais referências, foi o gatilho para o uso desta técnica de modificação corporal antiga para pensar novas formas de transgressão e resistência.


A escarificação, historicamente ligada a rituais de pertencimento e identidade, é recontextualizada em “Consagrada” como uma crítica feroz ao processo de validação no sistema artístico. Em um campo onde a aprovação pode se tornar um rito doloroso, o ato de rasgar a pele se torna uma metáfora física do que significa ser moldado pelas expectativas e padrões externos. Assim, o trabalho transita entre o novo e o ancestral, questionando as fronteiras entre tradição e contemporaneidade, e a que custo se dá a “consagração” no mundo da arte.

 

 

 

 

About the author

Panmela Castro

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